Um nós...
Beijava-te
a pele salgada, naquele dia de sol, naquela praia de finas areias em que refugiávamos
os sonhos sonhados a dois, os caminhos traçados num futuro semelhante. No sorriso
das ondas entregávamo-nos um ao outro e deixávamo-nos guiar pela brisa fresca
que o nosso rosto tocava. Em segredo, confessava-te o amor que o meu coração
detinha, esta força voraz que cresceu em mim, que agarrou-me numa mistura de
emoções, num desejo eterno de ter-te a meu lado.
São
momentos vividos, instantes simples que formam a simplicidade de uma história
verdadeira, de um amor que vai para além da distância de dois corpos e nunca de
duas almas. Ruas percorridas, percorridos os passeios de pedras e calçadas que
retratam os padrões de atalhos por nós não seguidos. Conheço cada traço do teu
rosto mas, mais que tudo isso, conheço cada linha do teu ser, cada brilho do
teu olhar, cada sorriso do te querer.
Por
entre os raios de sol, por entre as sombras dos rochedos, sei que te sinto, que
te sinto em mim e que tu me sentes em ti mesma, formando um nós, um nós tão difícil
de desatar. Destinos cruzados, olhares trocados e numa mistura de palavras, eu
digo-te que – “São os dias que formam em
nós a maturidade de um sentir, mas não são esses mesmos dias que fazem de nós quem somos,
não são os dias que nos levam pelos caminhos desta vida. O que nos forma, são
as escolhas que temos, os sonhos que sonhamos, a força que nas mãos detemos e a
capacidade de vermos para além do que tantos não vêem. Eu ,eu, apenas te vi a ti e,
com isso, os oceanos viraram apenas rios, os rios apenas riachos, os riachos
pequenos cursos de água e, então, a distância é sanada pelo verdadeiro
sentimento que por ti tenho.” Foram palavras que ficaram, um silêncio inteligível
que os nossos corpos apreenderam e, num beijo, num beijo revivemos a emoção de
um primeiro encontro, a adrenalina de um primeiro tocar, viveu-se muito mais
que um primeiro amor, que uma segunda paixão, viveu-se um amor de verdade, e
amores de verdade não se contam, guardam-se em nós, cuidam-se na simplicidade e
prolongam-se no tempo...
Simplicidade, verdade, intensidade...
eu beijava-te a pele se o sol nos acolhesse. Se a chuva viesse beijava-te na mesma as faces :) és um dos meus homens preferidos*
ResponderEliminarAdoro a imagem....
ResponderEliminarO teu texto tem uma pecularidade. Não te sei bem expresar por palavras qual, mas talvez seja a descrição, os sentimentos aqui narrados, a verdade de todas essas emoções. Guarda esse nós como um nó dentro do teu peito e nunca o desates. :) *
Beijinhos.