Despedir-me...

Como o tempo passa, como perdemos histórias e ganhamos batalhas, o tempo é mesmo assim, a efemeridade de um amor ou até mesmo o lutar de um sonho, o realizar de um projecto. Damos por nós a viver de pequenos instantes, damos por nós a querer um mais que pensamos ser a felicidade mas que no fim revela-se um engano, um simples engano que faz-nos perder o que estava ali, a nossa história mais verdadeira. Sobre os caminhos de uma vida vamos caminhando segundo o que a vida nos vai dando, sobre aquilo que conseguimos agarrar com todas as nossas forças em dias de sol ou até mesmo nos noites mais escuras em que parece que a força falta levando-nos ao refúgio das palavras e das histórias que fizeram parte do nosso passado. Agora é tudo tão diferente e vejo que quem procura é porque sente falta e quem apenas olha sem olhar, vive sem amar perde-se no meio das outras pessoas tornam-se réplica das mesmas acções, da mesma forma de vida vivendo, desta forma, histórias tão irreais deixando para segundo plano a sua própria, o seu próprio destino. Ficaram longe os dias em que o amor se resumia a palavras largadas ao vento e a promessas perdidas nos minutos de enganos e até mesmo utopias que jamais iriam passar disso, agora vivo, agora vivo aquilo que sempre sonhei porque jamais baixei os braços, jamais parti e desisti daquilo que me faz feliz, que me alimenta o coração e não faz deste pedra insensível à dor, imune ao sentimento. Queria apenas dizer adeus ao que ficou, aquilo que parecia real e que se tornou na maior irrealidade um dia vivida, um dia tão sentida, queria apenas partir e viver esta minha nova história largando os fantasmas de um passado e a angustia por saber que de ti nada resta a não ser a imagem que todos podem cobiçar mas que não completam o teu mundo, que não fazem de ti aquilo que sempre quiseste ser...




Agora fica quem tinha de ficar, embarca apenas neste coração quem sente, quem vive e quem não parte sem lutar primeiro. Agora sou eu, és tu, somos nós guerreiros por natureza que não desistem de uma felicidade que jamais será esquecida, de sonhar, de projectar mas acima de tudo de viver de amor e não apenas de o representar em palavras, músicas, ou até mesmo lindos poemas, um amor vivido, um amor que vai muito para além do que é palpável, vai para o interior daquilo que sentimos...

Comentários

  1. Por momentos até fique assustada/surpreendida ,pois pensei que pelo título,ias acabar o blog. Mas ainda bem que não é assim :)
    O teu texto,mais uma vez,está espectacular. Cada palavra aqui está maravilhosamente bem empregue e com o seu devido significado e importância.
    Lindo,lindo mesmo :)
    Adorei*

    Beijinho*

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  2. muito obrigada. acredita qe é difícil.

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  3. Olá querido André,

    Quero-te no Novo Ano, com inspiração e muito amor.
    Ano novo, vida nova, já diz o provérbio.

    POIS É ANDRÉ, A VIDA É FEITA DE PEQUENOS INSTANTES, DE PEQUENOS NADAS. Já sabias ou não?

    Tens tanto tempo à tua frente, tanto para dar, que o próximo amor será melhor, que este e dar-lhe-ás "coisas", que pensavas, que não tinhas, que não existiam.

    NADA, NUNCA, NINGUÉM É IGUAL.

    Belissimas imagens e com imenso significado.

    BOM ANO DE 2012.
    Beijos de luz.

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  4. Sei sim, Pedacinhos. E oh, muito obrigada sempre pela força, pelas palavras. Obrigada, de coração. Beijinho

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  5. Me pareceu um sermão pra mim...
    Digo, pois escrevo sempre e não vivo. Iludo-me nas minha próprias palavras, como alguém que fala de amor e não vive o amor.
    Obrigada querido. Beijo. =)

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  6. texto profundo! veio de encontro com o que estou vivendo neste momento! Não estava enxergando o que havia na minha frente. Deixei o tempo passar e não fiz nada. Hoje não me arrependo do que eu fiz, mas do que eu deixei de fazer.
    Feliz ano novo.

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  7. Estou sem palavras. Muito bem escrito o texto, os meus parabéns *

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